Lançamento: "Curso de Criminologia Crítica e Cultural Decolonial", de Salah H. Khaled Jr. e Wayne J. Morrison
SOBRE O INSTITUTO
A Criminologia Cultural é uma abordagem teórica, metodológica e intervencionista de estudo do crime e do desvio, que coloca a criminalidade e seu controle no contexto da cultura; isto é, considera o crime e as agências e instituições de controle do crime como produtos culturais - como construções criativas. A Criminologia Cultural pode ser caracterizada como uma moldura analítica tríplice, preocupada com significado, poder e relatos existenciais de crime, punição e controle, no contexto contemporâneo da modernidade tardia e da hegemonia do capitalismo global. Ela tem raízes no interacionismo social, na análise crítica da mídia e na criminologia etnográfica e anarquista. Conforme se desenvolveu nas últimas décadas, ela se tornou uma abordagem mais social-teoricamente inspirada, capaz de analisar a criminalidade em todos os níveis da estrutura social: micro, macro e meso, com foco em energia, expressividade e negociação contestada de significado.
Criminologistas culturais focam incansavelmente na geração contínua de significado em torno da interação: regras criadas, regras quebradas e uma interação constante de empreendedorismo moral, inovação política e transgressão.
A Criminologia Cultural enfrenta questões como produção do crime, direito e sociedade; controle social, justiça social e solidariedade; processos de criminalização; análise dos mecanismos de gestão da conflitualidade penal e políticas públicas correlatas; representação mediada do crime; criminalização cultural; protesto e política do espaço urbano; práticas subculturais de resistência; criminologia cultural verde e denúncia da predação ambiental; o nexo entre a segurança, o policiamento e o controle social, visando a contenção do poder punitivo e a consolidação da justiça social. Com ela, é possível compreender um mundo contemporâneo no qual o crime e a imagem do crime espiralam juntos; onde as emoções do crime são construídas a partir de intensidades de experiência imediata, mas também do incessante fluxo de filmes de crime e televisão criminal; onde a insegurança e o deslocamento definem tanto a vida pessoal quanto os contornos dos problemas sociais; onde as predações criminosas do capitalismo global e as imagens e informações que circulam na mídia digital também merecem um olhar criminológico.
De fato, a Criminologia Cultural é agora um campo de estudo bem estabelecido, ainda que heterogêneo e contencioso. O trabalho de criminologistas culturais apoia vários periódicos internacionais, organizações regionais e conferências globais. É dentro deste contexto que Salah H. Khaled Jr, Álvaro Oxley da Rocha, Jeff Ferrell e Keith Hayward conceberam o Instituto Brasileiro de Criminologia Cultural. Fundado em abril de 2019, o Instituto tem as seguintes finalidades:
I. Difundir a Criminologia Cultural, seus autores e principais obras no Brasil, bem como desenvolver a Criminologia Cultural brasileira;
II. Fomentar o desenvolvimento do ensino, de pesquisas e de estudos relacionados à Criminologia Cultural e demais áreas do conhecimento com as quais ela possa dialogar, através da promoção de cursos, debates, seminários, encontros, ou conferências que tenham como eixo central as perspectivas da Criminologia Cultural;
III. Manter grupos de estudos e debates comprometidos com análises sobre a questão criminal brasileira sob a perspectiva da Criminologia Cultural e das demais áreas que com ela possam dialogar;
IV. Qualificar o debate público sobre o crime e o controle do crime com base nos insights da Criminologia Cultural, o que compreende a circulação de ideias no âmbito do Legislativo, da grande mídia e das diferentes agências que integram o sistema penal;
V. Contribuir, com base nas perspectivas e métodos da Criminologia Cultural, para a produção e a difusão de conhecimento teórico e empírico sobre a questão criminal, de modo comprometido com a progressiva realização de justiça social;
VI. Promover o debate científico resultante das pesquisas e atividades desenvolvidas no âmbito do Instituto por meio da publicação de livros, de boletins e de revistas que abordem temas de interesse da Criminologia Cultural e demais áreas que com ela possam dialogar;
VII. Estabelecer contatos e parcerias com outras Instituições afins, que tenham por objetivo o ensino, o estudo e/ou a pesquisa das matérias atinentes à Criminologia Cultural e às ciências criminais.
DIRETORIA EXECUTIVA
Salah H. Khaled Jr - Presidente
Sérgio Salomão Shecaira - Vice-Presidente
Luigi Giuseppe Barbieri Ferrarini - 1º Secretário
Guilherme Baziewicz de Carvalho e Silva - 1ª Tesoureiro
Tiago Lorenzini Cunha - 2ª Secretário
José Vicente Tavares dos Santos - Consultor Especial
Ruth Gauer - Consultora Especial
Álvaro Oxley da Rocha - Consultor Especial
Luciano Góes - Consultor Especial
Vera Regina Pereira de Andrade - Consultora Especial
CONSELHO CONSULTIVO PERMANENTE
Dr. Jeff Ferrell
Dr. Keith Hayward
Dr. Salah H. Khaled Jr
Dr. Wayne Morrison
Dr. Travis Linnemann
Dra. Michelle Brown
Dr. Álvaro Oxley da Rocha
COORDENADORIAS INTERNACIONAIS
JEFF FERRELL
Texas Christian University
KEITH HAYWARD
University of Copenhagen
WAYNE MORRISON
Queen Mary University of London
MICHELLE BROWN
University of Tennessee
TRAVIS LINNEMANN
Eastern Kentucky University
RITA FARIA
Universidade do Porto
ELENI DIMOU
The Open University
JONATHAN ILAN
City University of London
CURSOS ONLINE
COORDENADORIA DE PESQUISA
COMISSÕES TEMÁTICAS
CRIMINALIZAÇÃO DA CULTURA
CRIMINOLOGIA CULTURAL NEGRA
CRIMINOLOGIA CULTURAL FEMINISTA
CRIMINOLOGIA CULTURAL, MEDIASCAPE E PÂNICO MORAL
CRIMINOLOGIA CULTURAL VERDE
CRIMINOLOGIA CULTURAL E PROCESSO PENAL
MODERNIDADE TARDIA, CAPITALISMO GLOBAL E SOCIEDADE BULÍMICA
CRIMINOLOGIA CULTURAL E SUBCULTURAS
VIOLÊNCIA, PRIMEIRO PLANO DO CRIME E EDGEWORK
CRIMINOLOGIA CULTURAL, POLÍTICA CRIMINAL E SOCIEDADE EM REDE
CRIMINOLOGIA CULTURAL E ECONOMIA POLÍTICA DA PENA
CRIMINOLOGIA CULTURAL E EPISTEMOLOGIA
CRIMINOLOGIA CULTURAL DE ESTADO - O SISTEMA PENAL E SEUS AGENTES
CRIMINOLOGIA CULTURAL DO CONSUMO E COMODIFICAÇÃO DA TRANSGRESSÃO
CRIMINOLOGIA CULTURAL E ESTUDOS URBANOS
CRIMINOLOGIA CULTURAL E GRANDES NARRATIVAS DA MODERNIDADE
PUBLICAÇÕES - LIVROS E ARTIGOS
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BAZIEWICZ DE CARVALHO E SILVA, Guilherme. O descontrole já está formado! Criminologia cultural e apropriações de estilo na Geral do Grêmio. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2018.
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BÖES, Guilherme Michelotto. Droga e mídia: uma análise da campanha "Crack nem pensar". Porto Alegre: Editora Fi, 2016.
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BÖES, Guilherme Michelotto. Sobre carros e bicicletas: por uma crítica a cultura automobilística a partir da Massa Crítica. In: Direito e democracia (ULBRA). v.17. p.131-146.2017.
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CARVALHO, Salo de. Criminologia cultural e pós-modernidade: aportes iniciais e perspectivas desde a margem. In: CARVALHO, Salo de. Antimanual de Criminologia. São Paulo: Saraiva, 2023.
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CARVALHO, Salo de; KHALED JR, Salah H; LINCK, José Antônio Gerzson. Criminologia Cultural: perspectivas e recepção no Brasil. In: CARVALHO, Salo de. Curso de Criminologia Crítica Brasileira: dimensões epistemológicas, metodológicas e políticas. Rio de Janeiro: Revan, 2022.
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FERRELL, Jeff. Crimes de estilo: o grafite urbano e as políticas da criminalidade. Florianópolis: Emais, 2021.
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FERRELL, Jeff. Criminologia cultural. In: Revista da Defensoria Pública do Distrito Federal, Brasília, vol. 2, n. 3, 2020, p. 25-30.
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FERRELL, Jeff; HAYWARD, Keith; YOUNG, Jock. Criminologia cultural: um convite. Belo Horizonte: Letramento, 2019.
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FERRELL, Jeff; HAYWARD, Keith; KHALED JR, Salah H. OXLEY DA ROCHA, Álvaro. Explorando a criminologia cultural. 2ª edição. Belo Horizonte: Letramento, 2021.
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FERRELL, Jeff; HAYWARD, Keith; KHALED JR, Salah H. OXLEY DA ROCHA, Álvaro. Novas aventuras em criminologia cultural. Belo Horizonte: Letramento, 2021.
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HAYWARD, Keith. Focando as lentes: criminologia cultural e a imagem. In: Revista de Direito da Cidade. v.11. n.1. 2019.
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HAYWARD, Keith. Smart cities: a criminological introduction to urban smartness. In: Revista Brasileira De Ciências Criminais. n. 170. 2020.
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KHALED JR, Salah H.; KATZ, J.A interação social e as seduções do crime em questão – uma entrevista com Jack Katz. REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS CRIMINAIS., v.193, p.249 - 268, 2022.
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KHALED JR, Salah H.; LINCK, J.; CARVALHO, S. A Criminologia Cultural e a sua recepção no Brasil: relato parcial de uma história por ser escrita. REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS CRIMINAIS. , v.193, p.145 - 186, 2022.
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KHALED JR., Salah H.; GOÉS, Luciano; PEDROSO, Anayara Fantinel. Controle racial militarizado: desvelando as dinâmicas subculturais de significado que facilitam a atuação policial propensa à violação de direitos humanos. Revista Direito e Práxis, Ahead of print, Rio de Janeiro, 2022
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KHALED JR, Salah H. Criminologia cultural periférica. Belo Horizonte: Letramento, 2023.
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KHALED JR, Salah H. (org.) Crime e castigo: ensaios de resistência, controle social e criminologia cultural. 2 ªedição. Belo Horizonte: Letramento, 2019.
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KHALED JR, Salah H.; DIMOU, E. Da Criminologia Crítica à Criminologia Cultural: explorando novas avenidas de investigação para o desenvolvimento da Criminologia Crítica brasileira. REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS CRIMINAIS. , v.193, p.67 - 107, 2022.
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KHALED JR, Salah H.; LINCK, J. A. G.; BROWN, M. Fragmentos de um mosaico internacional de resistência criminológica compartilhada: editorial dossiê “Criminologia Cultural”. REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS CRIMINAIS., v.193, p.19 - 36, 2022.
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KHALED JR, Salah H.; PRESDEE, M. O carnaval do crime – uma entrevista com Mike Presdee. REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIASCRIMINAIS. , v.193, p.291 - 301, 2022.
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KHALED JR, Salah. H.; OXLEY DA ROCHA, Álvaro F.; BAZIEWICZ DE CARVALHO E SILVA, Guilherme. Votando com armas nas eleições presidenciais brasileiras de 2018: a vontade de representação e a transgressão como performance repleta de significado na modernidade tardia. Revista De Direitos E Garantias Fundamentais, 22(1), 37-70. 2021.
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KHALED JR, Salah H. Videogame e violência: cruzadas morais contra os jogos eletrônicos no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.
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LINCK, José Antônio Gerzson; MAYORA, Marcelo; PINTO NETO, Moysés; CARVALHO, Salo de. Criminologia Cultural e rock. Vol. 1. Florianópolis: Tirant Lo Blanch, 2020.
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MORRISON, Wayne. ; KHALED JR, Salah H. ; ROCHA, A. O. ; LORENZINI, T. . Criminologia cultural, Clarice Lispector e a criminologia patrocinada pelo estado: repensando o significado para além do mundo jurídico. REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS CRIMINAIS, v. 177, p. 329-356, 2021.
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MORRISON, Wayne. ; KHALED JR, Salah H. ; LORENZINI, T. Salus populi suprema lex esto: scenes, acts of recall and interpretations, fever dreams and glimpses through portals; testimony that re-positions the iconography of Thomas Hobbes in the time of covid-19. REVISTA DE ESTUDOS CRIMINAIS n.82. p.38-66, 2021.
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OXLEY DA ROCHA, Álvaro Filipe ; CUNHA, Tiago Lorenzini . Por uma reescrita do ideal moderno do medo da criminalidade nas cidades brasileiras contemporâneas. DIREITO DA CIDADE, v. 10, p. 620-661, 2018.
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OXLEY DA ROCHA, Álvaro Filipe. Crime, violência e segurança pública como produtos culturais: inovando o debate. In: Revista dos Tribunais n. 917. São Paulo: RT, 2012. p. 271-289
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RAMOS FURQUIM, Saulo. A criminologia cultural e a criminalização cultural periférica. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2016.
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ROSA, Mateus Viera da. Identidade, Significado e Imagem do Desvio: uma (re)leitura do fenômeno das Torcidas Organizadas a partir da Criminologia Cultural. Florianópolis: Empório do Direito, 2015.
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SHECAIRA, S. S.. Criminologia Cultural (ou uma leitura criminológica da cultura). REVISTA PORTUGUESA DE CIÊNCIA CRIMINAL, v. ano 28, p. 319-348, 2018.
SHECAIRA, S. S.. Criminologia. 8º. ed. São Paulo: Thomson Reuters/Revista dos Tribunais, 2020. v. 1 -
YOUNG, Jock. A sociedade excludente: exclusão social, criminalidade e diferença na modernidade recente. Rio de Janeiro: Revan, 2002.
BOLETIM E REVISTA DO INSTITUTO BRASILEIRO DE CRIMINOLOGIA CULTURAL
Em breve
SITES RECOMENDADOS
Salah H. Khaled Jr - ResearchGate
Salah H. Khaled Jr - Academia.edu
COLEÇÃO CRIMINOLOGIA CULTURAL
Coordenada por Salah H. Khaled Jr., que também é responsável pela tradução dos livros da coleção. Esta coleção é publicada pela editora Emais e contará inicialmente com os seguintes livros: Crimes de estilo: o grafite urbano e as políticas da criminalidade, de Jeff Ferrell; Crime, cultura de consumo e vivência na cidade, de Keith Hayward; 50 intelectuais e teorias essenciais para a Criminologia, de Keith Hayward, Shadd Maruna e Jayne Mooney (orgs.); Pânicos morais e demonização do desviante, de Stanley Cohen e Criminologia cultural e o carnaval do crime, de Mike Presdee.
CRIMES DE ESTILO:
O GRAFITE URBANO E AS POLÍTICAS DA CRIMINALIDADE
Este é um trabalho extraordinário e precursor, que investiga a intersecção entre o crime e a cultura, com base em uma retratação da subcultura do grafite de Denver e da reação social contra ela. Situando as campanhas de criminalização do grafite em processos mais amplos de injustiça e desigualdade social, Jeff Ferrell produziu um livro inesquecível, que já nasceu clássico.
COLEÇÃO CRIME, CULTURA, RESISTÊNCIA
Coordenada por Salah H. Khaled Jr. e Álvaro Oxley da Rocha e publicada pela editora Letramento, a coleção visa reunir grandes obras de criminologia ainda inéditas em língua portuguesa. Explorando a criminologia cultural inaugurou a coleção, cujo segundo volume é Criminologia cultural: um convite, de Jeff Ferrell, Keith Hayward e Jock Young. O terceiro volume da coleção é a 2ª edição de Crime e castigo: ensaios de resistência, controle social e criminologia cultural, organizada por Salah H. Khaled Jr.
EXPLORANDO A CRIMINOLOGIA CULTURAL 2ª EDIÇÃO
Explorando a criminologia cultural reúne, pela primeira vez, dois dos maiores nomes da criminologia cultural, Jeff Ferrell e Keith Hayward, com dois criminologistas culturais brasileiros, Salah H. Khaled Jr. e Álvaro Oxley da Rocha.
A obra inaugura a coleção Crime, Cultura, Resistência e discute temas-chave como criminologia visual e a representação mediada do crime, criminalização cultural, protesto e política do espaço urbano, práticas subculturais, crime e música, etnografia, criminologia antipositivista, e o nexo entre a segurança, o policiamento e o controle social.
Explorando a criminologia cultural é possível compreender um mundo contemporâneo no qual o crime e a imagem do crime espiralam juntos; onde as emoções do crime são construídas a partir de intensidades de experiência imediata, mas também do incessante fluxo de filmes de crime e televisão criminal; onde a insegurança e o deslocamento definem tanto a vida pessoal quanto os contornos dos problemas sociais; onde as predações criminosas do capitalismo global, a violência generalizada deflagrada nas populações de refugiados e migrantes, os perigos do terrorismo e os perigos das respostas a ele, as imagens e informações que circulam na mídia digital também merecem um olhar criminológico.
Venha explorar conosco: uma nova era para a criminologia cultural no Brasil começa aqui. A segunda edição conta com um texto adicional de Keith Hayward e Jock Young, cujo título é "Criminologia cultural: Algumas notas sobre o script".
CRIMINOLOGIA CULTURAL: UM CONVITE DE JEFF FERRELL, KEITH HAYWARD E JOCK YOUNG.
É com enorme satisfação que apresentamos a edição brasileira de Criminologia Cultural: um Convite, de Jeff Ferrell, Keith Hayward e Jock Young. Como já dissemos em outra oportunidade, pensamos que a Criminologia Cultural é a mais excitante e relevante matriz de perspectivas para a compreensão do crime e de seu controle no contexto contemporâneo, na quadra tardo-moderna.
Esta obra reúne os principais insights de inúmeros criminologistas culturais de forma condensada, em um texto ágil, que é instantaneamente acessível para leitores de diferentes níveis de formação. Vencedora do Prêmio de Livro mais Destacado da Divisão de Criminologia Internacional da Sociedade Americana de Criminologia, em 2009, Criminologia Cultural: um Convite é a bibliografia ideal para trabalhar Criminologia com alunos da graduação de cursos de Criminologia, Direito e Ciências Sociais.
CRIME E CASTIGO: ENSAIOS DE RESISTÊNCIA, CONTROLE SOCIAL E CRIMINOLOGIA CULTURAL
O subtítulo desta obra é “Ensaios sobre resistência, controle social e criminologia cultural”, mas poderia muito bem ser with a little help from my friends. A segunda e totalmente modificada edição de “Crime e castigo” reúne uma parcela significativa das pesquisas desenvolvidas, nos últimos anos, no Instituto Brasileiro de Criminologia Cultural e no mestrado em Direito e Justiça Social, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Mais do que uma amostra considerável das investigações enfrentadas no campo da criminologia crítica e cultural, o livro é um testamento do que a colaboração entre amigos, alunos e ex-alunos e capaz de produzir.
Salah H. Khaled Jr.
Presidente do Instituto Brasileiro de Criminologia Cultural
NOVAS AVENTURAS EM CRIMINOLOGIA CULTURAL
De forma condizente com o espírito que nos move, decidimos chamar o livro que você tem em mãos de Novas Aventuras em Criminologia Cultural. Nele reunimos alguns textos de grande relevância para o desenvolvimento da Criminologia Cultural brasileira, uma vez que revelam a amplitude e o alcance das abordagens propostas no campo da CC.
O primeiro texto, de Keith Hayward, é uma releitura do clássico artigo escrito conjuntamente com Jock Young, Criminologia Cultural: Algumas Notas Sobre o Script, que foi incluído na 2ª edição de Explorando a Criminologia Cultural. Nele, Keith faz um balanço sobre a história da CC, rebate as principais críticas direcionadas contra ela e aponta algumas avenidas de pesquisa futura que podem ser exploradas. Decidimos incluir no livro Morte ao Método, de Jeff Ferrell, pela sua importância para a Criminologia contemporânea. Neste instigante texto com ares de manifesto, Jeff desconstrói a Criminologia ortodoxa e nos convida a fazer da Criminologia algo relevante e progressista, cujo sentido não deve ser dado pelo rigor mortis científico. No terceiro capítulo, Michelle Brown tensiona dimensões pouco retratadas da realidade carcerária mundial no texto Criminologia visual e estudos carcerários: contraimagens na era do encarceramento, que pode servir como inspiração para revigorar as discussões acadêmicas sobre o castigo no Brasil, com novos aportes teóricos e perspectivas. No quarto capítulo, Wayne Morrison nos choca com o potente Luxo no nomos do Holocausto: perversidades de excesso e minimalismo, um texto que desvela a racionalidade que animava o regime nazista. No quinto capítulo, Travis Linnemann traz uma abordagem inovadora e instigante em Prova de morte: poder policial e as economias visuais de apreensão, acúmulo e troféu. O excelente texto de Travis pode vir a motivar estudos fascinantes sobre poder punitivo, autoridade e negociação de significado no Brasil. Finalmente, nós encerramos o livro com um olhar diferenciado sobre o Brasil contemporâneo, em Votando com armas nas eleições presidenciais brasileiras de 2018. Talvez a maior contribuição do texto consista em demonstrar o quanto a Criminologia Cultural pode nos ajudar a compreender a miríade de significados em conflito na atual quadra histórica brasileira e por essa razão, consideramos que era importante tê-lo aqui.
CRIMINOLOGIA CULTURAL PERIFÉRICA
Muitos são os autores deste sólido livro, alguns que conheço pessoalmente, outros que conheço pelas publicações e alguns que passei a conhecer quando da leitura. Como não posso falar de todos, me permitirei algumas poucas palavras sobre Salah H. Khaled Jr. que assina todos os textos aqui reunidos, em parceria com diferentes intelectuais. Trata-se de um dos mais sérios pesquisadores do direito e da criminologia do Brasil. Além de presidente do Instituto Brasileiro de Criminologia Cultural e professor de respeitada universidade pública brasileira – a FURG, em Rio Grande - , é pesquisador de sólida formação e de sensibilidade aguçada para o fenômeno da criminalidade. Tem sido um verdadeiro dínamo nas discussões sobre os fenômenos culturais e a criminalidade.
Sérgio Salomão Shecaira
Concordamos com Khaled que “é possível identificar uma Criminologia Cultural distintamente brasileira, que conjuga o melhor da Criminologia Crítica brasileira e latino-americana com as novas avenidas de investigação e metodologias que caracterizam a Criminologia Cultural de modo mais amplo”. Tudo nos indica que há um poderoso campo intelectual “Violência, Segurança e Sociedade”, na América Latina, ao qual este livro contribui fortemente, pois demonstra o cosmopolitismo crítico da Criminologia Cultural Periférica, cuja agudeza e refinamento seus leitores certamente perceberão, pois das variadas análises a serem lidas poderão se inspirar a continuar uma fascinante saga intelectual.
José Vicente Tavares-dos-Santos
ASSOCIADOS EMÉRITOS
Dr. Alexandre Morais da Rosa
Dr. Álvaro Oxley da Rocha
Dr. Aury Lopes Jr.
Dra. Clarice Beatriz da Costa Sohngen
Dra. Elisa Celmer
Dr. Gabriel Divan
Me. Guilherme Baziewicz de Carvalho
Dr. Guilherme Michelloto Böes
Dr. Jeff Ferrell
Dr. Jonathan Ilan
Dr. José Antônio Gérzson Linck
Dr. José Vicente Tavares dos Santos
Dr. Keith Hayward
Dr. Luís Carlos Valois
Dr. Luciano Góes
Dr. Marcelo Semer
Dr. Marco Aurélio Nunes
Dra. Michelle Brown
Dr. Nilo Batista
Dra. Rita Faria
Dr. Ricardo Jacobsen Gloeckner
Dr. Rubens Casara
Dr. Salah H. Khaled Jr.
Dr. Sérgio Salomão Shecaira
Dr. Thiago Fabres de Carvalho (in memoriam)
Dr. Tiago Lorenzini
Dr. Travis Linnemann
Dr. Wayne Morrison
Dra. Vanessa Chiari
Dra. Vera Malaguti Batista
Dra. Vera Regina Pereira de Andrade
ASSOCIADOS CONTRIBUINTES
Dr. Adilson J. Moreira, Dr. Airto Chaves Jr Dr. Daniel Kessler de Oliveira, Dr. Bruno Rigon, Dr. Eduardo Pitrez Corrêa, Dr. Elmir Duclerc, Dr. Felipe Lazzari da Silveira, Dr. Felipe da Veiga Dias, Dra. Fernanda Ravazzano, Dr. Flavio Antônio da Cruz, Dr. Francisco Monteiro Rocha Jr., Dr. Gaudêncio Fidelis, Dr. João Rafael de Oliveira, Dr. Juliano Leonel, Dr. Maiquel Wermuth, Dra. Maíra Zapater, Dr. Marcelo Oliveira de Moura, Dr. Mohamed Arafa, Dr. Ricardo Genelhú, Dra. Raquel Fabiana Lopes Sparemberger, Dr. Renato Duro Dias, Dr. Spencer Toth Sydow, Dr. Thiago Minagé, Dra. Thayara Castelo Branco, Dr. Vinícius Miguel, Dra. Christiane Kalb, Me. Bernardo de Azevedo e Souza, Me. Jefferson Gomes, Me. Klayton Tópor, Me. Ronaldo Bezerra, Me. Marcela Venturi Diorio, Me. Paola Bianchi Wojciechowski, Me. Vanessa Boechat, Me. Cristiane Pauli de Menezes, Me. Saulo Ramos Furquim, Me. Gil Morato, Me. Marcos Akamine, Me. Bryan Alves Devos, Me. Yuri Alonso Nunes, Me. Danyelle Gautério da Silva, Me. Gabriel Travassos, Me. Fernando Soubhia, Me. Guilherme de Moraes Bittar, Me. Zeni Xavier Siqueira dos Santos, Me. Paulo Silas Filho, Me. Julia de Moraes Almeida, Me. Júlia Castro John, Me. Gabriel Teixeira Santos, Me. Mariele Cunha Rocha, Me. Camila Aguiar Souto, Me. Anayara Fantinel Pedroso, Mestranda Luisa Pinto da Silva, Bacharel Rodrigo Deamici da Silveira, Bacharel Mateus Viera da Rosa,
CONTATO E ASSOCIAÇÃO
Os requisitos para associação estão dispostos no artigo 23, parágrafo único do estatuto do Instituto:
São condições para admissão como associado do Instituto, sem prejuízo de outras fixadas em regimento interno: a) ter reconhecida idoneidade moral; b) ter trabalhos publicados na área de criminologia cultural, em livros, periódicos, ou revistas especializadas, ou ser professor ou pesquisador de criminologia cultural em Instituições reconhecidas por órgãos oficiais.
No momento o Instituto não está admitindo novos membros.
Contate o Instituto: via direct no Instagram: @criminologiacultural ou institutocriminologiacultural@gmail.com
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Instituto Brasileiro de Criminologia Cultural